21 de set. de 2009

Os 10 preceitos da cidade auto-sustentável

1 - Aplicação da Eco Arquitetura:
busca a eficiência energética dos edifícios, a correta especificação dos materiais, a proteção da paisagem natural, o reaproveitamento do patrimônio histórico e a integração com as condições climáticas locais.

2 - Promoção da Saúde e o Saneamento:
visa a garantir qualidade da água para prevenção de doenças, tratamento adequado do lixo, evitando a contaminação do solo e das águas e estabelecendo o tratamento de esgoto com a utilização prioritária de lagoas de oxidação.

3 - Uso dos Transportes Coletivos e Não-Poluentes:
substituição do transporte individual à base de combustível fóssil, priorizando o transporte ferroviário, a navegação e as ciclovias.

4 - Proteger e Conservar os Mananciais e as Águas:
preservar os cursos de água, proteger a mata ciliar e garantir o uso múltiplo das possíveis represas.

5 - Utilizar Fontes Renováveis e Alternativas de Energia:
aproveitar a energia solar, a captação eólica, a biomassa e a energia hidrelétrica de forma sustentável.

6 - Ampla Conservação de Energia:
redução dos desperdícios nas atividades econômicas e nas residências, reutilização e reciclagem de rejeitos e aumento da eficiência energética.

7 - Desenvolver a Agricultura Ecológica:
agregando ainda o incentivo à piscicultura e o desenvolvimento do ecoturismo.

8 - Aplicar a Sustentabilidade aos Produtos e seus Rejeitos:
considerar o ciclo de vida dos produtos, desde as fontes de matéria-prima, produção, distribuição, utilização e rejeitos, bem como o impacto ambiental que o acompanha – resíduos, contaminação dos solos, água e ar, consumo de energia, barulho e habitat natural, além da reciclagem e descarte final do produto.

9 - Promover Educação Ambiental:
integrando o conteúdo às diversas disciplinas, incentivando a criação da Agenda 21 Escolar e do Fórum Ambiental Escolar.

10 - Respeito à Biodiversidade:
conservar e recuperar o habitat natural de fauna e flora, combater o desmatamento e repovoar os rios com espécies nativas, além da aplicação sustentável da biotecnologia.

Fonte: Crea-RJ

Arquitetura e Meio Ambiente

Reaproveitamento da Água da Chuva
Alternativa Econômica

Apenas 3% da água existente no planeta é potável e somente 0,7% está acessível. A maior parte da água utilizada, quase 70%, vai para a agroindústria; 20% vai para as indústrias e 10%, para as casas. Desta forma a água da chuva deve ser considerada uma alternativa economica e ecologicamente correta.
As águas de chuva são encaradas pela atual legislação brasileira como esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo aonde, como "solvente universal", vai carregando todo tipo de impurezas para um córrego que vai acabar dando num rio que por sua vez vai acabar suprindo uma captação para Tratamento de Água Potável.
Para uso humano, inclusive para como água potável, deve sofrer evidentemente filtração e cloração, o que pode ser feito com equipamento barato e simplíssimo, tipo clorador.
Esta utilização é especialmente indicada para o ambiente rural, chácaras, condomínios e indústrias.
Uma forma simples de aproveitar a chuva seria o uso de calhas no telhado para captar a água e levar aos reservatórios fechados.
A água da chuva é uma água suave que pode ser utilizada de várias formas: durante a lavagem de roupas, carros, calçadas, automóveis ou irrigação de hortas e jardins. Com isso ela é capaz de compensar deficiências, substituindo com vantagens, até 50% da água oriunda dos sistemas públicos de abastecimento (água tratada, destinada a finalidades mais nobres).
Por outro lado, a retenção da água proveniente da chuva, principalmente nos centros das cidades, que possuem quase que a totalidade de seu solo
impermeabilizado por ruas, calçadas e edificações, contribui para a diminuição das enchentes.
Além, de leis e regulamentos, fomentando ou até obrigando a adoção de medidas
capazes de levar à otimização na utilização dos recursos hídricos, a conservação da água depende, sobretudo de mais que campanhas de conscientização, de ações educativas junto à comunidade, esclarecendo sobre as maneiras de evitar o desperdício, as formas de economizar e as fontes alternativas para a captação de água,.
Em condomínios, a água de chuva armazenada significa uma expressiva economia no gasto de água nas áreas comuns. Ela pode ser utilizada para lavagem das calçadas, do playground, de carros, na irrigação dos canteiros e jardins, na reserva para casos de incêndio e até mesmo em banheiros das áreas comuns.


Arquitetura auto-sustentável e Arquitetura Verde

A Arquitetura auto-sustentável usa, ao menos parcialmente, sistemas de energia alternativos independentes de infra-estrutura pública para se manter.e a Arquitetura Verde incorpora a necessidade de integração do projeto arquitetônico com o seu entorno, utilizando materiais e técnicas locais e minimizando o impacto da construção no meio ambiente e o consumo de energia para construir ou manter, podendo utilizar meios energéticos alternativos. Através do projeto de arquitetura esses conceitos podem ser incorporados ao detalhamento da edificação em questão. A primeira medida a ser tomada é estudar a própria implantação da edificação dentro do terreno: a posição em relação ao sol e aos ventos predominantes, a configuração da planta, os obstáculos, o clima,que resultarão no uso adequedo de formas,tamanhos e modelos de elementos que formarão a construção em questão,sempre visando o melhor aproveitamento dos recursos naturais do meio ambiente local.Alguns exemplos são os painéis trocadores de calor, energia geotermal, ventiladores eólicos, exaustores e insufladores de ar, sótãos isolantes e forros deslizantes, que permitem um controle maior das condições ambientais por meios ditos passivos;e a economia que produzem ao longo do tempo permite um rápido retorno do investimento.

DICAS DE COMO VIVER MAIS SUSTENTAVELMENTE

USO DA ENERGIA DE MANEIRA CONSCIENTE
Instale um aquecedor solar. A economia de energia elétrica proporciona um retorno do investimento, em média, de 10 anos;
Instale sensores de presença para economizar eletricidade;
Instale aquecedor solar para economizar energia e/ou gás

COLETA DE PILHAS E BATERIAS

Separe as pilhas e baterias, que constituem resíduos perigosos de responsabilidade de seu fabricante, e procure os postos de coleta autorizados para o descarte no seu município.

PISOS ALTERNATIVOS E ECOLOGICAMENTE CORRETOS
É possível executar uma calçada com piso permeável de material reciclado,utilizando-se de material de demolição que é moído e pode compor as calçadas e até tijolos.Outra possibilidade para pisos são vidros e outros cacos reciclados, que se forem quebrados, podem resultar em material de revestimento,formando lindos mosaicos.

fonte: Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Peruíbe

Ecotelhado

Como fazer um telhado verde?

Antes de tudo, é necessário contratar uma empresa ou consultoria especializada.
"Como o telhado verde requer infra-estrutura adequada, não basta subir em cima da casa e começar a plantar", afirma o engenheiro civil Paulo Renato Machado Guimarães, da empresa gaúcha Ecotelhado.

A obra exige a instalação de uma estrutura específica na cobertura da casa - se o telhado for simplesmente uma laje, é preciso impermeabilizá-la; se for feito de telhas de cerâmica, é preciso retirá-las e colocar placas de compensado que servirão de base para a cobertura vegetal. Ali serão colocados a terra e o adubo para o crescimento das plantas. Mantas onduladas, para impedir que o substrato escorra, e de impermeabilização, para evitar infiltrações na casa, e dutos de irrigação e drenagem também fazem parte do projeto de um telhado verde, que ajuda a reduzir o barulho dentro de casa e a manter a temperatura constante.

Além de grama, o telhado verde pode receber flores e arbustos. "Damos preferência a plantas locais mais resistentes à chuva e à estiagem e que exijam pouca rega e poda", diz Márcio de Araújo, diretor do Instituto para o Desenvolvimento de Habitação Ecológica (Idhea), de São Paulo. Plantas de porte baixo e crescimento lento também podem facilitar a manutenção, que é parecida com a de um jardim comum. O preço do metro quadrado de um telhado verde varia de 100 a 150 reais.

Por Yuri Vasconcelos
Revista Vida Simples - 12/2007


Etapas da construção:

1 Etapa: Camada de impermeabilização: para impedir a infiltração da água. ( Lona plástica, papelão carpete usado)

2 Etapa: Camada de proteção: para impedir danos na impermeabilização (compensado de madeira)

3 Etapa: Camada de drenagem: responsável pela retenção de água e drenagem rápida e eficiente do excesso desta. (britas)

4 Etapa:Camada de substrato: camada onde se encontram os nutrientes dando suporte à vegetação, retendo e absorvendo água. ( matéria orgânica e terra encontrada no próprio local)

5 Etapa: Camada de vegetação: a cobertura vegetal propriamente dita e que vai ficar por cima do telhado, sendo utilizado espécies vegetais mais rústicas que não demandam maiores cuidados com manutenção.( mudas retiradas no próprio local).




Benefícios do Telhado Verde

1 Conforto e Isolamento Térmico

2 Produção de alimentos, ervas e flores, gerando condições de vida para insetos e aves.

3 Função estética com a paisagem e efeito benéfico aos habitantes da vila.

4 Efeito benéfico ao clima.

Obs: Retarda o escoamento da água da chuva.


Fonte:vilajoaodebarro.wordpress.com/2009/06/

Cimento em alta

O piso da linha Manaus, fabricado pela Pietra, é feito de cimento, com aparência e textura idênticas à madeira de demolição.
Este revestimento foi inspirado na beleza rústica de antigos dormentes.
Sua instalação é simples.
As peças de 100x20cm tem sistema de encaixe que dispensa a contratação de mão-de-obra especializada.


Casa Cor Rio de Janeiro

ALGUNS AMBIENTES:



Café da Praça
Laura Bezamat e Cristina Bezamat
Este é o verdadeiro Café na calçada do carioca. A partir da fachada do clube, na rua Jardim Botânico, foi construída uma caixa de gesso, com pé-direito de 4,5m e rasgo de vidro no alto, que permite a vista da copa das árvores no Café da Praça, de 150m². As arquitetas Cristina e Laura Bezamat aproveitaram os elementos neoclássicos da arquitetura original e criaram uma praça central, com jardim e plantas.


Parque Burle Marx
Burle Marx Associados - Isabella
Para fazer uma homenagem ao centenário de Burle Marx, o Casa Cor, apropriadamente, convidou o escritório que dá sequência ao seu trabalho para desenvolver o projeto de um Jardim, batizado com seu nome. Haruyoshi Ono (sócio de Burle Marx por trinta anos), Isabela Ono, Julio Ono e Gustavo Leivas desenvolveram o projeto de paisagismo como um grande painel artístico que pode ser apreciado de cima da Tribuna, já que o Jardim, de 1.400m², fica bem próximo à pista de corrida. Cerca de cinquenta palmeiras de seis tipos diferentes – laca (palmeira vermelha), areca de locuba, rabo de raposa, bismarkia (palmeira leque prateada) – se alternam com grupamentos de vegetação de arbustos com floração, volumetria, coloração e textura distintas.


Bistrot
Paula Neder e Alexandre Monteiro
A palavra-chave do Bistrô de Paula Neder e Alexandre Monteiro é integração. Superfícies curvas contínuas e orgânicas desmaterializam os limites entre piso, paredes e teto, e criam uma experiência fluida do espaço. A arquitetura contemporânea e ousada dos 80m² do espaço pode ser vista antes mesmo que o visitante entre no ambiente, já que a fachada foi trabalhada como uma grande moldura em madeira – uma caixa que destacará o bistrô a partir de uma visão externa da tribuna do Jockey.


PROGRAMAÇÃO:

Aquim L'Epicerie
Reservas: 9986-0949
Horários: de 3ª a 6ª de 12:30 ás 16:00 / Fim de Semana de 12:30 às 18:00
Preços: Buffet R$ 55,00
Infantil R$ 35,00
Ambiente com ar-condicionado e sala para eventos fechados com 10 lugares.

Bistrot Cooking
Reservas: 2512-4232
Horário: a partir de 12:30 até o fechamento da Casa
Preços: Saladas a partir de R$ 20,00
Pratos a partir de R$34,00
Sanduiches e pequenos pratos.
Ambiente arejado com uma vista maravilhosa.

Bar da Tribuna
Horário: de 12:00 até o fechamento da Casa
Em seu cardápio de drinks oferece Molecular Mixology, os novíssimos drinks moleculares como gelatina de gin-tonica.

Café Nextel
Horário: de 12:00 até o fechamento da Casa.
Nesse café no topo da tribuna é possivel seguir a programação do Jockey e fazer suas apostas nos dias de páreo.

Café Nespresso
Horário: de 12:00 até o fechamento da Casa Toda a enorme variedade dos deliciosos cafés da Nespresso.

Café da Praça
Horário: de 12:00 até o fechamento da Casa O Armazém do Café tem além dos variados cafés tem sanduiches e lanchinhos.

Loja do Chocolate - Bel Trufas
Horário: 12hs às 23hs.
Tel: 2513-1866
Site: www.beltrufas.com.br
Além das tradicionais trufas, temos chocolates, macarron , mini bolo e brownie entre outros.

Sorvete Itália
Os tradicionais sorvetes de frutas e os cremosos à base de leite, além da linha Gold com seus ingredientes irresistíveis.

Tabacaria
Os melhores charutos do mundo com selo de garantia do importador exclusivo e ainda com os ótimos preços e espaço para degustação com atendimento especial.


PERÍODO:

01 de Setembro a 13 de Outubro
SPECIAL SALE 12 e 13 de Outubro

Local
Jockey Club Brasileiro - Pça Santos Dumont, 31 - Tribuna C

Horário
Terça a domingo, das 12h00 as 22h00

Ingresso
Terça e Quarta: R$ 25,00
Quinta a Domingo e Feriados R$ 30,00

fonte:http://www.casacor.com.br/riodejaneiro/

20 de set. de 2009

Projeto de uma residência unifamiliar

Neste projeto, o terreno era bem estreito, e para ter o segundo pavimento, poderíamos estar usando uma laje de uma construção antiga.
Vejam como ficou a disposição.



18 de set. de 2009

O que é arquitetura ?

Definir o que seja Arquitetura, tal como ela significa na atualidade, é como tentar fazê-lo para as demais artes, técnicas ou ciências, pois, em um mundo complexo e sujeito a mudanças tão aceleradas, a dinâmica da vida torna indispensável um constante reexame do pensamento teórico e prático. Entretanto, há um notável consenso sobre a definição dada a seguir, conforme foi sugerida já em 1940 pelo Arquiteto e Urbanista Lúcio Costa (1902-1998):

"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada."

"A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."

"Por outro lado, a arquitetura depende ainda, necessariamente, da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis para a realização da obra, ou seja, do programa proposto."

"Pode-se então definir arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa."

COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il.


Fonte: http://www.iabsp.org.br/oqueearquitetura.asp

17 de set. de 2009

O que faz e o que é um Arquiteto?

Sua formação se dá através dos cursos de arquitetura e urbanismo que tem duração de cinco anos, onde são abordados temas com, história da arte, história da arquitetura e do urbanismo, representação gráfica, informática, resistência dos materiais, construção, planejamento urbano, projeto de edificações, conforto ambiental, paisagismo, arquitetura de interiores, entre outros.

No Brasil, as primeiras escolas de arquitetura originaram-se nos cursos de Belas Artes (Rio de Janeiro) e engenharia (São Paulo). Atualmente existem mais de 140 escolas e cursos de arquitetura espalhados pelo Brasil.

Fonte: http://www.iabsp.org.br/oqueearquiteto.asp

O QUE FAZ UM ARQUITETO

A formação do arquiteto possibilita atuação em várias áreas.

Essa habilitação é expressa pela Lei Federal 5194/1966 e pela resolução 218/1973 que determinam as atribuições do arquiteto e urbanista, com as especificações de serviços que podem executar cabendo ao arquiteto as seguintes atividades referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores; planejamento físico, local, urbano e territorial, e serviços afins e correlatos:

* Estudo, planejamento, projeto e especificação.
* Assistência, assessoria e consultoria.
* Direção de obra e serviço técnico. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico.
* Desempenho de cargo e função técnica.
* Ensino, pesquisa, analise, experimentação, ensaio e divulgação técnica e extensão.
* Elaboração de orçamento.
* Padronização, mensuração e controle de qualidade.
* Execução de obra e serviço técnico.
* Fiscalização de obra e serviço técnico.
* Produção técnica e especializada.
* Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção.
* Execução de instalação, montagem e reparo.
* Operação e manutenção de equipamento e instalação.
* Execução de desenho técnico.


O trabalho do arquiteto pode se iniciar já na escolha do terreno para a implantação do projeto, com parecer sobre localização, legislações edílicas e urbanas, aspectos ambientais e topográficos, entre outras, que possibilitem analises preliminares de viabilidade do projeto.

A seguir, existe uma etapa de montagem e aferição de programa preliminar a ser desenvolvido, juntamente com o cliente, e o estudo da legislação incidente no terreno e na edificação.

Com esses dados e a definição do terreno inicia-se a fase do projeto, com as seguintes etapas:

Estudo Preliminar

Estudo do problema para determinação da viabilidade de um programa e do partido a ser adotado.

Anteprojeto ou Projeto Pré Executivo

Solução Geral do problema com a definição do partido adotado, da concepção estrutural e das instalações em geral possibilitando clara compreensão da obra a ser executada.

Projeto Legal

Desenhos e textos exigidos por leis, decretos, portarias ou normas e relativos aos diversos órgãos públicos ou concessionárias, os quais o projeto legal deve ser submetido para análise e aprovação.

Projeto Básico (opcional)

Solução intermediário do Projeto Executivo Final, que contém representação e informações técnicas da edificação que possibilitem uma avaliação de custo, já compatibilizadas com os projetos das demais atividades projetuais complementares.

Projeto Executivo Final

Solução definitiva do Anteprojeto, representada em plantas, cortes, elevações especificações e memoriais de todos os pormenores de que se constitui a obra a ser executada: determinação da distribuição dos elementos do sistema estrutural e dos pontos de distribuição das redes hidráulicas, sanitárias, telefônicas, ar condicionado, elevadores e de informática.

Coordenação

A coordenação e orientação geral dos cálculos complementares ao projeto arquitetônico tais como: calculo de estrutura, das instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias, das instalações elétricas, telefônicas e de informática, caberão sempre ao arquiteto o qual, a seu critério, poderá indicar profissionais legalamente habilitados para sua execução.

Paralelo a todas essas fases, poderá também ser desenvolvido o projeto paisagístico.

O arquiteto também pode acompanhar a execução da obra através de várias maneiras: desde simplesmente como fiscalizador da execução, até ser responsável por todas etapas da execução, desde a compra do material, até a finalização da obra.

O arquiteto também pode ser contratado para uma etapa seguinte à obra executada, que é o de desenvolvimento do projeto de arquitetura de interiores, que, nas mesmas fases anteriores, aborda todo tratamento e mobiliário do interior da edificação.

Fonte: http://www.iabsp.org.br/oquearquitetofaz.asp

16 de set. de 2009

Por que contratar um Arquiteto?

Esta carta do Arquiteto João Batista Vilanova Artigas ilustra de maneira clara a importância da contratação de um arquiteto.

Carta ao cliente

Confesso que não me assustei muito ao ler sua carta contando o resultado da conferência para autorização de um projeto para o São Lucas. Estas coisas acontecem sempre porque, por falta de costume, quem constrói, nem sempre avalia o plano de como deveria fazê-lo. Se eu insisto em aconselhá-lo mais uma vez para que consiga um arquiteto para dirigir os trabalhos de seu hospital, não é somente porque desejo muito trabalhar para um hospital modelo, mas porque, e principalmente porque, não posso crer que uma obra, da importância da sua, possa nascer sem estudo prévio. É vezo brasileiro fazer as coisas sem plano inicial perfeitamente elaborado; quando se pergunta sobre como ficarão estes e aqueles pormenores, a resposta é sempre a mesma: Ah! Isso depois, na hora, veremos.

Assim fazem-se as casas, os prédios, as cidades; nesse empirismo vive a lavoura, a indústria e o próprio governo. O planejamento, mercadoria altamente valorizada em todo mundo para qualquer realização, não encontrará entre nós o ambiente propício enquanto nós moços não nos capacitarmos da sua necessidade imprescindível. Poderia continuar conversando com você sobre a grande vantagem de planejar com antecedência, até amanhã, sem esgotar todos os argumentos e provavelmente terminaria por dizer que é até demonstração de patriotismo e inteligência. Mas com isso não convenceríamos ninguém; talvez muito mais vantajoso seria confinar a discussão entre os limites das vantagens particulares, individuais de aplicar o método. Então vejamos. A pergunta é sempre a mesma; -"que vantagem poderíamos ter em gastar CR$ 65.000,00 em um projeto somente? O projeto não é o prédio; muito pelo contrário, somente uma despesa a mais! Contratando a construção o projeto viria de graça, feito pelo próprio construtor e nós economizaríamos 5% sobre o valor do prédio. Com esses 5%, no caso de querermos gastá-lo, até poderíamos melhorar algumas condições do edifício; enriquecer alguns materiais etc..."

Garanto que os argumentos acima lhe foram expostos mais de uma vez. São os que sempre vejo empregados em ocasiões dessas e nunca mudam. São também os mais fáceis de rebater e os menos inteligentes.

Senão vejamos: "...O projeto sempre custa alguma coisa. O construtor que o fizer terá, sem dúvida que empregar engenheiros e desenhistas para isso. Terá de empregar gente para calcular concreto, para calcular aquecimento, eletricidade, etc... O construtor cobrará essa despesa do proprietário através da comissão para a construção. Tanto isso é verdade que, se você apresentar aos construtores um projeto completamente pronto, ele cobrará percentagem menor para a construção porque dirá, "não terei despesas no escritório". Suponhamos que a taxa de honorários para a construção seja de 10 a 12%, inclusive o projeto. Se você der o projeto, encontrará quem lhe faça por 6 ou 8%. Daí você conclui que o projeto que você pagou ao arquiteto 5%, já representa nessa ocasião somente 1% ou 2% a mais do que o preço geralmente previsto.

Mas eu desejo provar que o plano geral, feito com antecedência, é economia e não despesa. Então vamos continuar. Ninguém pode negar, nenhum construtor, nenhum cliente, que o projeto feito pelo técnico, contém em si uma previsão maior dos diversos detalhes do que o projeto rabiscado pelo construtor e verificado pelo proprietário. Faça uma experiência. Tome um plano que esteja em início de construção e pergunte a quem o dirige: por onde passam os canos de aquecimento? Por onde passam os canos de esgoto? O senhor vai fazer antes isso ou aquilo? Garanto que não sabem.

Responderão: "provavelmente passarão por aqui ou ali, farei isto ou aquilo antes. Se na ocasião de executar um serviço, verificar-se um contratempo qualquer, um cano que não pode passar porque tem uma porta, um esgoto vai ficar aparecendo no andar de baixo; o construtor resolve em função do problema, no momento. Ele dá voltas com o cano ou faz um forro falso para esconder o esgoto que iria aparecer em baixo. Entretanto se isso tivesse sido previsto, não precisaria de forro falso ou qualquer outra coisa. No papel, teria sido procurada e encontrada a solução mais econômica, para o caso, a mais bonita.

Consulte um construtor experimentado ou alguém que já tenha construído e todos serão unânimes em contar-lhe pequenas calamidades que apareceram. Eu já ouvi diversas vezes, por exemplo: "Quando colocamos as fundações no terreno nós vimos que o quarto ficaria enterrado. Então levantamos as fundações mais cinqüenta centímetros para dar certo. Por isso deu uma escada na entrada e ficou com um porão, etc... Se você calcular quanto mais caro ficou a imprevisão, você verá a vantagem de ter um projeto estudado. O arquiteto teria dado uma disposição diferente nos cômodos de maneira que o tal quarto não ficasse enterrado, sem ter que aumentar as fundações e assim economizaria o dinheiro com o qual se faria pagar.

Se o proprietário não ganhasse nada, ainda teria para si uma solução melhor e um motivo para valorizar seu imóvel. O construtor por exemplo não projetaria as instalações elétricas. Ele chamaria um instalador "prático" e o homem disporia a coisa à sua vontade. Usaria os canos que ele quisesse e os fios que achasse melhores. Bem curioso, não é ? Poucos entendem disso e ninguém iria fiscalizar o homem. Acontece, porém que os fios, quando são fios demais em relação à corrente que transportam, dão muitas perdas, e essas se traduzem em despesa mensal maior de energia para você durante os 50 ou 100 anos de funcionamento do hospital; assim você pagaria 100 vezes um bom projeto de distribuição de eletricidade. Estou apenas repetindo casos cotidianos.

Do funcionamento do hospital ainda mais, o construtor provavelmente não entende e nem terá tempo suficiente para estudar. Ele não é especializado em hospitais porque isto é Brasil e depois não estudam porque não é o seu métier. Ora, assim sendo, ele vai confiar em você. Você conhece hospitais já feitos e em funcionamento, como hospitais, não como construções. Os seus preconceitos, a respeito, o construtor repetirá com o dinheiro de seu bolso. As soluções que, para alguns casos que você viu, são soluções econômicas poderão constituir soluções caríssimas, no seu caso. Rematando, sua casa de saúde não teria o melhor aspecto porque faltou um artista.

Arquitetura, é construção e arte. Arte. Arte não tem livro de regulamento que ensine. Nasce dentro de cada um e desenvolve-se como conjunto de experiências. Procure um homem que possa das à sua casa de saúde, além das características de um hospital eficiente pelo perfeito planejamento das diversas sessões, um valor artístico indiscutível.

O valor artístico é um valor perene, enorme, inestimável. É um valor sem preço e sem desgaste. Pelo contrário, aumenta com os anos à proporção que os homens se educam para reconhecê-lo. O valor artístico subsiste até nas ruínas. Os anos correm e desgastam o material, enquanto valorizam o espiritual.

Com a consciência limpa termino minha proposta. Está em suas mãos a responsabilidade de decidir entre os caminhos. De um lado eu me coloco, não só, mas como representante dos arquitetos brasileiros, defendendo a economia, a ordem e acima de tudo, o futuro. De outro lado, o empirismo, a reação, a imprevisão.

Qualquer solução que você venha a dar não mudará as relações entre nós, nem sua opinião futura sobre o que acabo de escrever. Se o prédio for bom, bem projetado, bem planejado, por um bom arquiteto, você gostará, todos gostarão; se ele não prestar, se custar muito, se não funcionar, ser for feio ou sem personalidade, sem valor artístico, sem plano nenhum, o resultado será o mesmo. Em todos os dois casos você adquirirá experiência e acabará por trabalhar sempre do meu lado e com os meus argumentos. Nós venceremos sempre como eu queria demonstrar.

Pague pois o que eu pedi. É pouco em relação às vantagens futuras. Ou não pague, e as vantagens serão as mesmas, para a sociedade evidentemente, não para você.

Com um abraço afetuoso do amigo certo,

Vilanova Artigas
São Paulo, julho de 1945

Carta retirada do livro Vilanova Artigas Série Arquitetos Brasileiros, paginas 49, 51 e 52.

Fonte: http://www.iabsp.org.br/porquecontratar.asp

13 de set. de 2009

Profissão Arquiteto

Achei esses vídeos interessantes para quem tem ainda alguma dúvida sobre a arquitetura como profissão.

http://www.youtube.com/watch?v=FDUwub7Afwo
http://www.youtube.com/watch?v=1q_SKrPCn1M

Vídeo sobre a Arquitetura

Este vídeo do youtube é muito bom!

http://www.youtube.com/watch?v=R3nsF11ozdA